Vale a pena assistir!

13 DE JULHO - DIA MUNDIAL DO ROCK

DIA MUNDIAL DO ROCK, ESTILO MUSICAL PARA ESCRAVIZAR OU PARA LIBERTAR?
Flávio Lages Rodrigues
[1]
Verifica-se na atualidade grandes transformações nas mais variadas áreas da vida, que vão desde a social, passando pela econômica, política e chegando a religiosa. Essas transformações têm como ponto de partida o jardim do Éden, onde Deus dá o domínio de todas as coisas ao homem, basta ver que Deus cria o homem para dominar sobre toda a terra e sobre tudo que nela há (Gênesis 1.26-31). Este “dominar” não remete a destruição como forma de dominação como muitos pensam e agem, pelo contrário esse verbo dominar mostra zelo e cuidado com toda a terra nos seus mais variados ecossistemas.
A bíblia está recheada de exemplos que mostram um Deus que trabalha na cultura e nos mais variados contextos humanos. Sendo assim as transformações que ocorreram na face da terra nos tempos bíblicos não são diferentes das que ocorrem hoje conosco. Deus ainda hoje chama a humanidade a dominar sobre todas as coisas, dar nomes e transformar a cultura (Gênesis 2.19-20). Arde no coração de Deus que o egoísmo do pecado não afetasse os corações e que todos partilhassem e tivessem os mesmos bens, alimentos, roupas e que não tivesse as guerras, a fome e a miséria trazidas pelo pecado.
Com o egoísmo que é fruto do pecado há a escravidão de muitos e o poder ou monopólio garantidos por minorias que garantem e perpetuam esse mecanismo com muita dor, sangue e lágrimas. O povo de Israel esteve escravizado no Egito e Deus com mão poderosa os livrou das mãos de Faraó (Êxodo 20.1-2). Outras situações de exílio levaram o povo de Israel a escravidão, devido ao pecado, a ganância e ao egoísmo. Profetas como Oséias e Amós mostraram isso claramente e denunciaram qual era o pecado do povo israelita.
Trazendo para o contexto dos negros com a colonização européia, a escravização não foi diferente. Negros saíam do continente africano e eram levados para várias partes do mundo, chegando também ao Brasil. A cultura dos negros e seus costumes eram vistos como demoníacos e nocivos. Dessa forma podemos observar como as elites marginalizavam e marcavam com grande preconceito estilos musicais como o samba, o rock, hip hop e qualquer manifestação que tivesse suas raízes na África. Estes estilos ainda sofrem preconceitos e discriminação no mundo inteiro, na nossa sociedade, em nossas igrejas, templos e comunidades cristãs.
A busca da liberdade levou os negros no Brasil em 1920 a se apropriarem do samba como identidade de uma raça, de um ideal e pela liberdade. Outro grito campal se ouviu nos Estados Unidos da América em nos campos de algodão em 1940. Daí surgiria a música gospel como sacra e o blues como música secular e o interessante que ambas são a fonte da busca pela libertação da opressão e da escravidão e também são a fonte do rock.
Este estilo musical aceito por uns e odiado por outros foi usado como instrumento de denuncia e como porta-voz de uma geração insatisfeita com a fome, com a escravidão, com as guerras e com a injustiça. Ainda hoje Deus tem levantado dentro de nossas igrejas e comunidades cristãs muitas bandas de rock para levar o evangelho de Cristo a toda criatura. Mas isso ocorre de forma bem tímida, pois em vários festivais como o Pop Rock que ocorre no mês de setembro em Belo Horizonte e em nenhuma de suas 26 edições, nunca nenhuma banda cristã ministrou ali aos corações vazios e sedentos algo que não pode ser preenchido com álcool, drogas e sexo, Jesus Cristo somente Ele pode trazer paz e amor verdadeiro.
Desde 13 de julho de 1985 ficou denominado o dia mundial do rock com o festival “Live Aid” pelo fim da fome na Etiópia. Este festival aconteceu na Filadélfia nos Estados Unidos e em Londres na Inglaterra de forma simultânea, onde várias bandas de rock se apresentaram. Foram arrecadados mais de 60 milhões de dólares para os necessitados que padecem de fome na África.
Será que temos o que comemorar no dia 13 de julho de 2009, ou teremos vergonha de não sermos sal e luz no e do mundo? Quando vemos festivais como Pop Rock e o Live Aid devemos nos perguntar. O que estamos fazendo para comemorar o rock para Cristo? Temos sido usados em nosso contexto para falar do amor de Deus? Será que vemos o rock como instrumento de Deus para ganhar almas através da Palavra viva de Jesus Cristo? Será que não temos medo de nossos pré-conceitos religiosos e nossas tradições e por isso julgamos o rock como algo demoníaco?
Muitas bandas tem ministrado o amor de Deus através do rock no Brasil e no mundo, mas ainda é um caminho muito longo a percorrer e depende também da visão e do compromisso de líderes e pastores para que jovens conheçam a Jesus através dos mais diversos meios da cultura como: rádio, televisão, internet, teatro, dança, artes circenses, esporte e a música.
Portanto, fica a pergunta para todos nós como igreja de Cristo: rock, estilo musical para escravizar ou libertar?
[1] Flávio Lages Rodrigues é formado em Bacharel em Teologia e é Pós-Graduado em Teologia Sistemática pela FATE-BH. É autor dos livros “O ROCK NA EVANGELIZAÇÃO” e “A LIBERDADE DO ESPÍRITO NA VIDA E NO ROCK”, ambos pela MK editora. Atualmente tem ministrado palestras para jovens junto as Igrejas e Comunidades em geral e tem ainda ministrado como baterista da banda e Ministério Post Trevor e é um dos líderes do Ministério Todas as Tribos, que é voltado para as "tribos urbanas" junto à cena Alternativa e Underground em geral e na prática de esportes radicais como skate e patins.

Deus usa as coisas loucas para confundir as sábias.

“Somos o reflexo de Deus nessa geração, a novidade dele, trazendo mudança e transformação dentro e fora de nossas igrejas, temos que modernizar e não mundanizar.”

Deus está fazendo uma transformação nessa geração, transformando vidas, ministérios, igrejas, acredito que seja um novo tempo para cada um de nós, basta nos colocarmos a disposição e adorar ao Senhor em Espírito e em verdade! E é no livro de Isaías 40.4-5 que vemos essa promessa “Todo vale será aterrado, e nivelado, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplainados. A glória do Senhor se manifestará, e toda a carne a verá, pois a boca do Senhor o disse.” Deus tem deixado um caminho plano, isso significa que está removendo obstáculos.
Nos dias atuais vejo que Deus tem usado a arte nas igrejas como instrumento, remédio de benção para nossa terra. Tenho ministrado e ensinado sobre o assunto, tratando de uma forma não somente teórica, mas prática, com evangelismos criativos, artes circenses (circo), pirofagia, acrobacia aérea, teatro, danças e entre tantos outros métodos. Alguns profissionais seculares dizem que nas artes “tudo vale” e esse “tudo” pode fugir dos princípios morais de Deus para nossa vida, levando-nos ao conflito pessoal e deixando-nos em crise de identidade. Mas Deus tem renovado isso, tem mudado essa história, antes o que era motivo de vergonha agora é de honra. As artes não serão usadas somente nas quatro paredes de nossas igrejas, mas no evangelismo, para salvar vidas. Desejamos colocar a mão no arado com aquilo que o Espírito Santo tem nos dado. Não queremos lamentar, ou apenas ler a história de homens e mulheres da Bíblia, queremos ser protagonistas de cada graça, milagre, e da manifestação do poder de Deus em nossa geração. Pedro libertou um endemoninhado com a sua sombra, Eliseu ganhou a porção dobrada sobre sua vida e seu ministério, e nós, o que temos pedido ao Senhor? Qual é o nosso anseio neste tempo? Pedimos a transformação das artes para alcançarmos com nossas missões urbanas as almas, o rejeitado, excluído, o ferido, enfermo, desencorajado. Mas para isso é preciso se revestir de integridade e caráter, não olhando e nem criando expectativas humanas ou dependência de autoridades e de hierarquias, pois o “Ide” é uma ação para todos, e essa palavra já foi liberada a nós! Então, essa é a nossa vez. Façamos obras maiores. Deixemos de ser apenas meros leitores, cumpramos o Ide, vamos escrever nossa história! A “arte” foge das quatro paredes, alcança vidas, cura feridas! Viva essa liberdade de poder voar sem precisar ter asas, de poder se expressar sem ao menos falar.
”E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.” (Ap 21.5.)Que o seu coração seja totalmente livre.

::Por Peterson Amicuchi
Missionário, formado pelo CTMQ - PR (Centro de Treinamento Missionário Quadrangular). Cursa Gestão de R.H. Líder do Ministério de Artes e Adoração Freedom - Igreja do Evangelho Quadrangular – Ribeirão Preto/SP. e-mail:
ministério_freedom@hotmail.com

Últimos Fundamentos - Que o Senhor te abençoe!

9. Corações e Vidas bem Ordenadas
O maior presente que podemos oferecer às nossas igrejas não é o nosso talento. O que podemos fazer de mais importante é aquilo que Jesus nos ensinou: permanecer nEle. Precisamos praticar as disciplinas espirituais que vão ajudar a desenvolver nosso caráter. Faça um compromisso de encontrar momentos de solitude onde você possa examinar e avaliar se a sua vida está bem-ordenada. Tudo que fazemos deve ser fruto desse equilíbrio resultante de vivermos com Cristo no centro de nossas vidas.
10. Momentos Transcendentes
A despeito de planejarmos um culto voltado para descrentes ou cultos de celebração, nosso alvo é preparar cada elemento do culto de forma que Deus possa usá-lo para tocar a alma humana profundamente – deixando que as pessoas experimentem Sua verdade e presença. As pessoas devem sair mudadas de alguma maneira. Teremos falhado terrivelmente se nossos cultos forem considerados criativos ou interessantes, mas não trouxeram mudança de vida com o passar do tempo.