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A Qualidade do Nosso Louvor


Precisamos fazer o melhor para Deus, mas quais são os parâmetros que usaremos para avaliar o que é o melhor? Nossas opiniões sobre qualidade no louvor podem variar muito em função do nosso gosto musical ou da nossa capacidade de avaliação técnica. Muitas vezes usamos tais critérios para selecionar o que vamos cantar nos nossos cultos.
Buscamos a sofisticação no que se refere ao equipamento, aos instrumentos e aos arranjos vocais. Mas... o que o Senhor está buscando? Aqueles que o louvam e o adoram em Espírito e em verdade. A qualidade técnica é boa e desejável, mas não está em primeiro plano.
Caim e Abel apresentaram diferentes ofertas ao Senhor, mas o fator decisivo para ambos foi o que traziam dentro de si. Enquanto examinamos o som e a voz, o Senhor sonda os corações. O ideal é que possamos unir qualidade espiritual e qualidade técnica, cantando e tocando com arte para o Senhor (Salmo 33.3). Precisamos, porém, ter consciência dos aspectos essenciais do verdadeiro louvor: um coração sincero e puro diante do Senhor.
Jesus disse que da boca das criancinhas vem o perfeito louvor (Mt.21.16). Por quê? Elas são puras e sinceras. Imagine a alegria de um homem, quando ouve seu filhinho pronunciando pela primeira vez: "papai", sem melodia, sem instrumentos, mas com pureza. Aquele momento se torna inesquecível.
Mas, como podemos ter um coração puro se já não somos crianças e já cometemos tantos pecados? Se confessarmos os nossos pecados, o Senhor nos perdoa e nos purifica por meio do sangue de Jesus (I João 1.7,9).
Antes de entrar no santuário para louvar ao Senhor, o sacerdote precisava se purificar. Isto se dava através do sacrifício de animais e pela água da pia de bronze (Êx.30.17-21; Hb.5.3). Ainda hoje, antes de louvarmos ao Senhor, precisamos pedir que ele nos perdoe, que ele nos limpe e que possamos, como crianças diante do Pai, oferecer a ele um louvor puro, sincero e agradável.
"Tendo pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu através do véu..." (Hb.10.19-20)
Por Anísio Renato de Andrade - Bacharel em Teologia
Professor da Fatef - Faculdade Aplicada de Teologia e Filosofia
www.anisiorenato.com
anisiorenato@ig.com.br

O Propósito do Nosso Louvor


"Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade" (Salmo 115.1).

O poder do louvor está condicionado, entre outros fatores, ao propósito que temos ao realizá-lo. Para quem é o nosso louvor? Para quê entoamos nossos cânticos?

A prática religiosa está sempre envolvida pelo risco de se tornar pecaminosa e profana. Isto acontece porque a motivação e o propósito podem estar contaminados ou desviados do seu legítimo alvo.

O profeta Zacarias escreveu a respeito de alguns sacerdotes que sempre jejuavam no quinto e sétimo meses do ano, e isto foi feito durante setenta anos. O Senhor lhes questionou: "Acaso foi mesmo para mim que jejuastes? Ou quando comeis e quando bebeis, não é para vós mesmos que comeis e bebeis?" (Zc. 7.5-6). Tal pergunta, partindo da boca de Deus, fere como espada. Contudo, o Senhor estava apenas mostrando a verdade a respeito de uma religiosidade inútil. Aqueles sacerdotes estavam jejuando para si mesmos e isto não tinha nenhum valor. Semelhantemente, os fariseus do Novo Testamento, oravam, jejuavam e davam esmolas com o propósito de serem vistos e glorificados pelos homens. Tais ações religiosas não tinham nenhum poder espiritual e seu único efeito era a "boa" impressão que causavam nas outras pessoas (Mt. 6.1-5 16-18).

Isto nos faz questionar todos os nossos atos relacionados a Deus. São feitos mesmo para ele? Ou estamos preocupados em agradar ao público? Estamos buscando nosso próprio prazer? Será que o nosso interesse está no deleite que a música proporciona ao corpo e à alma? Se for assim, nosso propósito está errado.

É verdade que algumas músicas têm mensagens que se destinam aos participantes da reunião. São canções evangelísticas ou didáticas feitas para alcançar o público. Isto é correto e necessário. Contudo, precisamos estar conscientes de que o propósito do nosso louvor deve ser agradar o coração de Deus. O público está em segundo lugar. Se pudermos agradá-lo enquanto louvamos ao Senhor, ótimo, mas não deve ser esta a nossa preocupação e prioridade.

Muitas pessoas se dedicam ao louvor com o propósito de buscarem glória para si mesmas. Ocorre o mesmo fenômeno na música popular, onde a glória alcançada pelos cantores é tanta, que eles são chamados de "ídolos". E mesmo quando o cantor evangélico não está buscando tal glória, ela lhe é oferecida constantemente. É preciso então um cuidado extremo, pois estamos diante do risco da idolatria. Isto ocorre quando o homem é adorado no lugar de Deus. É incrível imaginarmos que isso pode acontecer em cultos evangélicos! Mas não foi isso mesmo que aconteceu no céu, quando Lúcifer, que participava do louvor ao Senhor, desejou a glória para si mesmo? (Is. 14.12-15; Ez. 28.13). O apóstolo Paulo advertiu Timóteo, mostrando que os que trabalham na obra do Senhor correm o risco de cair na mesma condenação do Diabo (I Tm. 3.6). Deus não dá a sua glória nem a divide com ninguém (Is. 42.8). Vemos então que o assunto, além de sério, é muito grave.

No livro de Atos, temos o exemplo do rei Herodes, que, ao ser louvado pela multidão, não deu glória a Deus. Tomou para si toda a honra e por isso foi devorado por vermes (At.12.23). Nabucodonozor, por motivo semelhante, foi humilhado e passou a pastar como os animais (Dn. 4.25).

Oremos por aqueles que estão em lugar de destaque na igreja do Senhor Jesus. Não sejamos seus adoradores, pois, além de pecarmos contra o Senhor, estaremos colocando em risco o ministério e a vida dos nossos irmãos.

Outra ameaça que ronda o ministério de louvor é o interesse financeiro. Nossa relação com o dinheiro é sempre necessária e perigosa. É como a relação com o fogo. Ele faz parte da nossa vida, mas pode nos levar à morte.

A obra do Senhor precisa de recursos e isso faz com que o dinheiro seja elemento presente e importante. O problema acontece quando o dinheiro passa a ser o objetivo da obra. Se vamos realizar o louvor com o objetivo de lucro, estamos errados. O obreiro é digno do seu salário, mas a obra não deve ser feita visando o salário. E sempre que a remuneração puder ser renunciada, melhor para a obra e para a glória de Deus. Aquele que trabalha na obra de Deus apenas por interesse financeiro é o mercenário (João 10.12-13).

O comércio das gravações evangélicas tem crescido muito. O dinheiro que vem daí pode ser usado para missões e setores diversos da obra de Deus e isto pode ser maravilhoso. O comércio não é, em si mesmo, errado, mas traz consigo uma série de riscos, pois também representa ameaça ao legítimo propósito do louvor. Aquele que grava apenas para a obtenção de lucro pessoal, está desvirtuando o objetivo do louvor. Jesus expulsou do templo aqueles que ali estavam para obter vantagem financeira, embora estivessem vendendo animais para o sacrifício ao Senhor (Mt. 21.12). É bom lembrarmos que o “comércio” contribuiu para a condenação de Satanás (Ez. 28.5-6). A Babilônia, em Apocalipse, também é condenada por misturar religião e comércio. Devido à sua cobiça, chegou a vender as almas dos homens. (Ap.18).

Quanto ao propósito do louvor, a diferença entre o certo e o errado não é aparente. Cada ministro deve julgar a si mesmo neste assunto. Desejamos que aqueles que louvam não o façam por vanglória ou por cobiça. O pecado não serve como motivação do louvor. Seria um grande paradoxo.

"Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus" (I Cor. 10.31).
"E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" (Col. 3.17).

“Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam ao que vive pelos séculos dos séculos; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor nosso e Deus nosso, de receber a glória e a honra e o poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade existiram e foram criadas” (Apc.4.10-11).


Por Anísio Renato de Andrade - Bacharel em Teologia
Professor da Fatef - Faculdade Aplicada de Teologia e Filosofia
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A Origem do Nosso Louvor


O poder do louvor está condicionado à sua fonte de inspiração. Por quê cantamos? De onde vem nossa motivação e nossas palavras? A música é usada por Deus, pelo homem e pelo diabo. Estas são as três origens possíveis para as expressões musicais e artísticas em geral.

Algumas músicas populares nos chamam a atenção por carregarem um sentido espiritual malígno. São letras que falam de fatos e situações que nos fazem lembrar o que a bíblia diz sobre Satanás. Parece que o autor é o próprio inimigo. Entre estas estão aquelas que expressam desprezo, crítica e afronta ao Senhor Jesus e à sua obra. Existem também cânticos em homenagem explícita aos demônios. Algumas letras são elaboradas por eles mesmos através de seus médiuns. São usadas em cultos satânicos para invocações e louvores aos espíritos das trevas

Entretanto, a grande maioria das músicas que conhecemos são simples expressões do sentimento e da inteligência humana. Têm seu valor artístico e cultural, mas o diabo poderá se aproveitar também destas, principalmente quando houver danças sensuais e letras pecaminosas.

Existem, porém, músicas inspiradas pelo Espírito Santo. Os salmos bíblicos são os melhores exemplos. Eles são, em sua maior parte, expressões magníficas de louvor a Deus. Em outros casos apresentam confissões, lamentações, súplicas, profissões de fé, etc., mas sempre inspirados, motivados, pelo Espírito de Deus. Alguns salmos específicos parecem ter sido ditados pelo Senhor. São proféticos. Alguns deles anunciavam a vida e obra do Messias. É desse tipo de música que precisamos em nossas igrejas, e, graças a Deus, ele nos tem dado.

O verdadeiro louvor é aquele produzido mediante tal inspiração. Não se trata de uma poesia composta pela alma. Não é mero resultado da inteligência e do sentimento, mas obra do Espírito Santo. Ele nos envolve, capacita o nosso espírito e usa nossa alma, inteligência e sentimentos apenas como instrumentos e canais da sua mensagem. O homem participa com sua vontade, sinceridade e gratidão, apresentando-se como um vaso limpo que possa conter a oferta do Espírito para Deus. Ainda que use suas próprias palavras, a inspiração e o poder serão do Espírito.

O verdadeiro louvor foi criado no céu e esta continua sendo a sua origem. Assim como o governo humano só aceita como pagamento o dinheiro que ele mesmo produz, Deus só aceita o louvor produzido pelo Espírito Santo. O que passar disso é falso. Não haveremos de convencê-lo por meio de "palavras persuasivas de sabedoria humana". Não será através de vocábulos eruditos que vamos alegrar seu coração.

O fogo do altar que ardia no Tabernáculo foi aceso por Deus. Os sacerdotes ficaram então responsáveis por sua manutenção (Lv.9.24; 6.12-13). Quando os filhos de Aarão, Nadabe e Abiú, levaram fogo de outra origem ao santuário, foram mortos imediatamente (Lv.10.1-2). Hoje, pode ser que Deus não esteja matando fisicamente os que se chegam a ele com palavras falsas, mas tais pessoas já estão espiritualmente mortas.
O fogo é um dos símbolos do Espírito Santo. Precisamos mantê-lo aceso em nossas vidas. Isto se dá através da oração e da santificação. Suas chamas farão subir o incenso suave ao Senhor. Seu coração ficará satisfeito e ele nos abençoará. Quando falta o fogo do Espírito, tentamos acender outro fogo, motivando as emoções e o corpo. Dessa forma, podemos até realizar uma festa carnal, mas não faremos um culto onde os anjos possam louvar juntamente conosco.
"Não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração." (Efésios 5.18-19).
Por Anísio Renato de Andrade - Bacharel em Teologia
Professor da Fatef - Faculdade Aplicada de Teologia e Filosofia
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O Conteúdo do Nosso Louvor


Em nosso artigo anterior, falamos sobre o poder do louvor, abordando seu aspecto musical. A música é em si mesma, um veículo poderoso. Mas, por melhor que seja a nossa música, devemos sempre estar atentos para o seu conteúdo. O que estamos levando através da música? Assim entenderemos um pouco mais sobre o poder ou a ineficácia do nosso louvor.
Está em questão a mensagem que cantamos. Entra em cena o poder da palavra. Nossas palavras têm poder quando correspondem à verdade. Se cantarmos mentiras, nosso louvor estará morto. Se proclamar com meus lábios grandes experiências, como se minhas fossem, sem de fato tê-las, estarei mentindo. Se canto sobre júbilo, alegria e gratidão, mas tenho um coração revoltado e amargo, então a minha mensagem é vazia e não produzirá nenhum efeito positivo.
Algumas músicas chamadas "evangélicas" apresentam letras desprezíveis, teologicamente erradas, ou simplesmente inócuas. Alguns compositores deixam até de mencionar Deus ou o nome de Jesus e suas canções tornam-se simplesmente manifestações populares como outras quaisquer ou até piores. O tema, às vezes, se desloca para questões sociais ou românticas. Alguns fazem música de protesto e até de crítica contra denominações cristãs. Isto não é louvor. E não haveremos de experimentar nada do poder de Deus através de tais composições.
Não estamos condenando sumariamente diversos tipos de música, mas apenas identificando o que possa ser apresentado como culto ao Senhor.
Qual seria então o melhor conteúdo para as nossas músicas? A Palavra de Deus. Este é um dos principais ingredientes do louvor poderoso. Podemos simplesmente cantar os versículos bíblicos, mas, se queremos escrever nossas próprias letras, elas devem estar fundamentadas inequivocamente na Bíblia. É ideal que cada compositor seja um profundo conhecedor das Escrituras. Se não for, deve pelo menos, submeter suas composições à crítica de alguém que possa corrigí-las sob o ponto de vista bíblico. O Espírito Santo jamais agirá através de uma mensagem errada. Além disso, corre-se ainda o risco da divulgação de heresias através da música. Esta é uma área que merece grande atenção por parte dos líderes.
Quando cantamos a Palavra de Deus, Ela fica gravada de forma eficaz em nossa memória. Além disso, o Senhor está comprometido com a Sua Palavra, pois é por meio dela que Suas obras são criadas. A Palavra de Deus é um dos principais meios de manifestação do Seu poder. Lemos em Gênesis 1: "Disse Deus: Haja luz; e houve luz". A Palavra de Deus traz à existência a vontade do Senhor.
Cantando a Palavra, trazemos para o nosso louvor todas as propriedades a Ela inerentes. Nosso louvor torna-se vivo e eficaz. Além de engrandecer o nome do Senhor, torna-se também um instrumento de evangelismo e ensino.
Por Anísio Renato de Andrade - Bacharel em Teologia
Professor da Fatef - Faculdade Aplicada de Teologia e Filosofia
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O Poder do Louvor


O verdadeiro louvor torna-se um meio pelo qual o poder de Deus opera na igreja. Existem vários fatores que tornam o louvor uma força influente e outros que podem até inutilizá-lo. O poder do louvor se relaciona a vários elementos: seu veículo, seu conteúdo, sua origem, seu propósito e seu agente.
Na maioria das vezes, o louvor tem a música como veículo. Encontra-se aí então um elemento poderoso. A música é uma linguagem universal e tem o poder de influenciar o corpo e a mente em qualquer lugar do mundo, em qualquer cultura. Ritmo e melodia exercem influência psicológica, produzindo efeitos físicos diversos. O corpo é induzido ao movimento, de modo quase automático. A mente se torna receptiva quando a música é agradável. Desse modo, sentimentos são estimulados e comportamentos são alterados.
O poder da música explica sua ampla utilização no nosso dia-a-dia, seja nos anúncios comerciais, nos eventos, nas religiões, na política, na didática, nas forças armadas, no futebol, nas terapias, etc.. Com motivo ou sem motivo, com objetivo específico ou por simples prazer, a música está em toda parte em virtude do poder que lhe é inerente.
As forças armadas utilizam a música para estimular o patriotismo de seus soldados. Os hinos dos times de futebol também conseguem efeito semelhante em suas torcidas. Não é de se estranhar que alguns jogos terminem em guerra. Nas campanhas políticas a música é usada para gravar na memória os nomes dos candidatos, seus números e suas ideologias. O mesmo recurso é usado por alguns professores para que seus alunos guardem fórmulas matemáticas e regras gramaticais.
Ao ouvir uma música, podemos nos lembrar de fatos passados, lugares, pessoas, sentimentos, como se, por um momento, estivéssemos revivendo tudo aquilo.
A música provoca estados emocionais diversos: agitação, calma, romantismo. Pode fazer rir ou chorar.
Acrescentando a tudo isso a letra, a mensagem e o seu significado, teremos o poder musical multiplicado.
A música é algo poderoso e isto é muito sério, pois o seu uso pode ser para o bem ou para o mal. Existem músicas que estimulam a rebeldia, a violência, o vício, o sexo ilícito e até mesmo o suicídio. Muitas pessoas têm seu comportamento influenciado pelo tipo de música que ouvem.
Quando trabalhamos com a música dentro da igreja, devemos estar conscientes de que estamos manipulando algo muito poderoso. Precisamos estar atentos para não usarmos a música de um modo que venha estimular o pecado.
O poder do louvor é muito mais do que o poder da música, mas esta abordagem nos permite compreender o princípio da questão. Através do louvor nós influenciamos as pessoas. Que tipo de influência estamos passando?
A música evangélica, quando usada corretamente, é poderosa para a fixação da palavra de Deus, para sua compreensão e para conduzir as pessoas à contrição ou ao júbilo na presença do Senhor. Para ter plena eficácia, nosso louvor precisa ter a unção e o poder do Espírito Santo, conforme abordaremos mais especificamente em nossos próximos artigos.
O poder da música foi criado por Deus. Contudo, é um princípio universal e está à disposição de todos. Até o Diabo usa a música para os seus fins escusos. Que nós possamos usá-la para a honra e para a glória do nosso Deus.
Por Anísio Renato de Andrade - Bacharel em Teologia
Professor da Fatef - Faculdade Aplicada de Teologia e Filosofia
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Louvor e Adoração


“Todo ser que respira louve ao Senhor” Salmo 150.6

O louvor tem sido cada vez mais valorizado e praticado pelos cristãos. Compositores, cantores e instrumentistas têm se dedicado muito, o Senhor tem abençoado, e a qualidade da música cristã vem melhorando bastante nas últimas décadas. Por outro lado, a falta de conhecimento ainda produz erros diversos e impede que muitas pessoas alcancem o nível de adoração que o Senhor deseja. É, portanto, oportuno que empreendamos um exame bíblico e uma análise do tema que nos permita avaliar nossa realidade e nossos conceitos nessa importante área da prática cristã. Esta é a primeira de uma série de mensagens, nas quais estaremos abordando vários aspectos ligados ao louvor e à adoração, buscando, assim, o conhecimento que nos ajude a oferecer ao Senhor o melhor dos nossos lábios e do nosso coração.
É importante ressaltarmos a diferença entre louvor e adoração. Louvor é elogio. É expressão de reconhecimento das qualidades de alguém ou de seus atos. Tal expressão normalmente se faz através de palavras. Quando dizemos: “Senhor, tu és maravilhoso”, isto é louvor. Quando dizemos: “Senhor, muito obrigado pelo alimento”, isto é ação de graças, agradecimento. A adoração, por sua vez, é uma atitude espiritual, caracterizada por um amor intenso, reconhecimento da majestade divina e se traduz em disposição para servir ao Senhor. A adoração é interior, mas pode ser acompanhada de gestos exteriores, tais como o levantar das mãos, em sinal de rendição, ou o ajoelhar ou o prostrar-se diante do Senhor.
O louvor pode ser dirigido a Deus ou aos homens (Pv.27.21; Pv.31.30; Rm.3.3; II Cor.7.14). Afinal, louvor é elogio. A bíblia diz que o próprio Deus louvará aos salvos (I Cor.4.5). A adoração, porém, só pode ser dirigida a Deus. “Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele darás culto” (Mateus 4.10; Ap.19.10).
Podemos louvar ao Senhor com nossas palavras, declarando seus atributos e a grandeza dos seus feitos. Esta é também uma forma de testemunho da nossa fé. Podemos fazer isto falando ou cantando. Vemos, portanto, que louvor não é sinônimo de música, como muitos consideram. É preciso que compreendamos isso. O louvor a Deus, antes de ter uma forma musical, precisa ser uma experiência pessoal e espiritual. É maravilhoso cantar as canções que outros irmãos fizeram, mas é também importante que cada pessoa louve ao Senhor com suas próprias palavras, falando ou cantando sobre sua própria realidade e sua experiência com Deus. Louvor é uma forma de oração.
O louvor existe, não para ser um elemento a mais no culto, nem para servir como entretenimento. Sua beleza muitas vezes nos deixa maravilhados, mas isso não é o mais importante. Muitas vezes ficamos preocupados com as questões técnicas do louvor musical e nos esquecemos dos fatores espirituais. Tudo isso tem a sua importância, mas o espiritual precisa ser priorizado, embora não sirva como desculpa para a deficiência técnica.
Como ministros de louvor, trabalhamos muito para a sua realização, e da melhor forma possível. Precisamos, porém, estar atentos para o objetivo do que fazemos. O louvor foi realizado, mas... foi eficaz? Produziu efeitos? Muitas pessoas nem imaginam que o louvor possa produzir algum efeito. Mas vejamos o que diz o texto de Atos 16.25-26: “Pela meia-noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os presos os escutavam. De repente houve um tão grande terremoto que foram abalados os alicerces do cárcere, e logo se abriram todas as portas e foram soltos os grilhões de todos.” Nesse episódio, o efeito do louvor foi a libertação dos cativos. O poder de Deus se manifestou naquele lugar.
O louvor precisa sair do coração do homem, inspirado pelo Espírito Santo, e alcançar o coração de Deus. Existem muitas questões implícitas nessa frase, muitos aspectos que viabilizam ou bloqueiam o verdadeiro louvor, conforme estudaremos nos próximos artigos. Quando conseguimos alcançar o coração de Deus e agradá-lo, então o Senhor libera o seu poder de tal maneira que naquele ambiente, onde o verdadeiro louvor se realiza, a ação de Deus acontece, os demônios não podem permanecer (I Sm.16.16; Salmo 149.6-9), os oprimidos são libertos e há uma “atmosfera celestial”, propícia à ação do Espírito Santo e adequada para o pronunciamento da mensagem profética (II Rs.3.15-16).
Que o Senhor nos abençoe para que o nosso louvor seja aperfeiçoado como instrumento do Espírito Santo no meio do seu povo.
Por Anísio Renato de Andrade - Bacharel em Teologia
Professor da Fatef - Faculdade Aplicada de Teologia e Filosofia
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Estudo do Tabernáculo


O Tabernáculo era a sombra de Jesus Cristo que perdoou os pecados dos Israelitas e de todos quantos que crêem nele. Nosso Senhor era o verdadeiro possuidor do Tabernáculo. E Ele era o Salvador que lançou fora os pecados de todo mundo de uma vez por todas, e ao mesmo tempo, a própria oferta de sacrifício para toda a humanidade. Embora o povo de Israel pecasse diariamente, impondo suas mãos na cabeça do animal puro de sacrifício no pátio do Tabernáculo de acordo com o sistema de sacrifício, eles podiam passar seus pecados sobre a oferta. Isto é como qualquer um que cria no ministério dos sacerdotes e na oferta de sacrifício dada de acordo com o sistema de sacrifício podia receber a remissão de pecado, sendo lavado de seus pecados e se tornando alvo como a neve. Igualmente, crendo no batismo e sacrifício de Jesus, a essência verdadeira do Tabernáculo, o povo de Israel e os que entre nós que somos Gentios, temos sido revestidos da bênção de remissão de todos os nossos pecados e de viver com o Senhor para sempre.Não só os Israelitas, mas todos os Gentios também podem ser libertos de todos os seus pecados só crendo em Jesus, o Senhor do Tabernáculo. O Tabernáculo nos ensina o que o presente da remissão de pecado que Deus deu a todo mundo representa. Como tal, o Tabernáculo propriamente era a grande essência de Jesus Cristo.Jesus se tornou o Salvador de pecadores. Todo pecador seja ele/ela, pode ficar sem pecado se crer no batismo de Jesus, Seu sangue na Cruz, e a verdade de que Ele é o próprio Deus. Podemos ser livres do julgamento do Deus por nossa fé nos fios azul, púrpura, e escarlate - em outras palavras, crendo no batismo de Jesus, Seu sangue, e Sua divindade. Jesus é a entrada para o Reino do Céu.Em Atos 4:12 diz, " E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos." Nenhum outro senão Jesus pode salvar as pessoas de seus pecados. Não existe nenhum Salvador, mas somente Jesus. João 10:9 diz, " Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem." 1 Timóteo 2:5 diz, "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem;" e Mateus 3:15 diz, "Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu." Todos estes versos testemunham esta verdade.Jesus veio a esta Terra em semelhança de homem, e recebendo Seu batismo (fio azul) e derramando Seu sangue (fio escarlate), Ele salvou os pecadores. Como tal Jesus se tornou a porta de salvação para todos os pecadores. Da mesma maneira que a entrada do pátio do Tabernáculo foi tecida de fio azul, púrpura e escarlate, Jesus, vindo a esta Terra, em primeiro lugar tomou os pecados do mundo sobre Ele mesmo com Seu batismo recebido por João Batista. Ele, então, se tornou a oferta de sacrifício, o Cordeiro de Deus (João 1:29). Segundo, depois de desta forma ter tomado as iniquidades de todos os pecadores com Seu batismo, Ele morreu em seu lugar e deu nova vida àqueles que crêem. Terceiro, este Jesus era o próprio Deus. Em Gênesis 1:1 diz, "No princípio, criou Deus os céus e a terra," e Gênesis 1:3 diz, " Disse Deus: Haja luz; e houve luz" Jesus não era nenhum outro senão o verdadeiro Deus Logos (Palavra), quem criou o universo inteiro e tudo que nele há com Sua Palavra.Deus disse a Moisés que fizesse a entrada do pátio do Tabernáculo com fios azul, púrpura, e escarlate e tecido de linho finíssimo. Jesus, que é o próprio Deus, completou Sua obra de tornar os pecadores íntegros vindo a esta Terra na semelhança de um homem e salvando Seu povo de todos os seus pecados por Seu batismo e Sua morte na Cruz. Estes três ministérios são o modo pelo qual Cristo salvou os pecadores, e eles são a evidência desta verdade.O Apóstolo Paulo disse em Efésios 4:4-6, " há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos." Esta Palavra se refere a salvação do pecado feita pelos fios azul, púrpura, e escarlate e o tecido de linho finíssimo.Por nossa exploração do Tabernáculo, nós devemos perceber sua verdade correta, e assim é santificada para ser perdoada de todos os nossos pecados.

Por Ministério 24 Horas - IBL