Vale a pena assistir!

ADORANDO COM A VIDA
Flávio Lages Rodrigues[1]


Verifica-se na atualidade uma verdadeira busca de sentido para a adoração dentro do Cristianismo e porque não dizer dentro das igrejas evangélicas no Brasil e no mundo. Essa adoração tem sido entendida de forma errônea muitas vezes, onde muitos cristãos acham que o louvor e também a adoração só ocorrem dentro do culto de suas igrejas e comunidades. O que não é verdade, pois devemos louvor a Deus pelo que Ele fez, está fazendo e ainda fará e já a adoração é prestada a Deus pelo que Ele é. Dessa forma o nosso louvor e adoração são contínuos e diários, não sinalizando para o tempo fracionário para Deus e sim integral.
Nessa correria que temos na pós-modernidade há o risco de não tirar tempo para a melhor parte que é Deus em nossa vida. Em Lucas 10.38-42, Jesus mostra a importância de tirarmos tempo para as coisas de Deus e Maria tem comunhão com Jesus enquanto Marta se preocupa com as coisas corriqueiras da vida. Jesus mostra aqui o que é adoração e louvor a Deus. Outro fato importante pode ser visto em Mateus 26.6-12 com o ungüento derramado sobre Jesus, onde aquela mulher o adorou de forma extrema e os discípulos de Jesus não entenderam o significado daquela adoração, antes a repreenderam e ficaram indignados.
Essa adoração requer disciplina e renuncia, pois para se adorar a Deus é necessário estar de mãos vazias e prostrado para que Deus encha nossos corações. É preciso renunciar nosso eu para que Deus possa nos encher por completo. Isso para o homem na atualidade chega a ser um sacrifício e a Bíblia tem muito a nos dizer sobre isso. Na Bíblia sacrifício era o ritual realizado pelo povo hebreu onde se oferecia a Deus, o sangue ou a carne de um animal como substituto pagamento pessoal pelo pecado. Será que estamos dispostos a adorar com nossa vida? Em Gênesis 4.3-5 é mostrado o sacrifico de Caim e Abel. Nesse caso Deus se alegrou com Abel devido não a natureza da oferta, mas com o coração do ofertante. Observa-se claramente aqui que não houve sacrifício para remissão de pecados, antes havia uma oferta de amor e reconhecimento a Deus, uma expressão genuína de louvor a Ele.
Já em Gênesis 22.1-19 acontece algo muito curioso, para não dizer muito intrigante aos olhos do homem. Deus pede a Abraão que ofereça seu filho em holocausto. Quando tudo está prepara para a entrega de Isaque, Deus de forma extraordinária envia um cordeiro para ser sacrificado no lugar da criança. Abraão adorou a Deus de forma intensa de tal forma que se preparou para sacrificar seu próprio filho em obediência ao Senhor de todas as coisas. Será que estamos dispostos a oferecer algo a Deus que nos é precioso? O sacrifício de animais como: bois, ovelhas, cabras e pombos continuaram a ocorrer no Antigo Testamento e já no Novo Testamento teve sua confirmação e ápice, mas não como um cordeiro e sim com O Cordeiro: Jesus Cristo. Em João 1.29 é mostrado a grandeza de Jesus e sua majestade como: “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” Há um paralelo entre Gênesis 22.1-19 e João 1.29, pois ambos os cordeiros são preparados por Deus, sem intervenção ou vontade humana. Só Jesus de uma vez por todas poderia tirar o pecado do mundo através de Seu Sangue Precioso. Deus é quem dá o Cordeiro, não por sermos merecedores, mas pela Sua Graça e Misericórdia. Ele quer salvar o mundo através de Seu Filho e não condena-lo. João 3.16-17.
O amor de Deus fica inimaginável para muitas pessoas devido Seu ato de doar-se ao ponto de se tornar acessível aos homens. Evidenciando de forma extrema no sacrifício de um Deus que se faz homem. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós...” João 1.14. Caminhando de forma contraria aos homens que a todo momento tentam ser deus e esquecem a expressão da adoração e do louvor a Único Digno de Exaltação. Jesus Cristo.
[1] Flávio Lages Rodrigues é formado em Bacharel em Teologia e é Pós-Graduado em Teologia Sistemática pela FATE-BH. É autor dos livros “O ROCK NA EVANGELIZAÇÃO” e “A LIBERDADE DO ESPÍRITO NA VIDA E NO ROCK”, ambos pela MK editora. Atualmente tem ministrado palestras para jovens junto as Igrejas e Comunidades em geral e tem ainda ministrado como baterista da banda e Ministério Post Trevor e é um dos líderes do Ministério Todas as Tribos, que é voltado para as "tribos urbanas" junto à cena Alternativa e Underground em geral e na prática de esportes radicais como skate e patins.

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